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domingo, 3 de novembro de 2013

Amor não falta
Desculpa também não
Se a gente não pode
A gente ajeita
e o jeito do mundo
fica pequeno pra nós

A falta não falta
Amor também não
Se o mundo separa
E dá uma volta
Nós damos um jeito
e o jeito do mundo
fica pequeno pra nós

Obituário

Obituário:  Encontrado morto o senhorito José da Silva.

Numa esquina dessas quaisquer,
repousava sem paz o senhorito José.
Com chapéu na cabeça e buraco no peito
Na verdade, José, já havia desfeito
o nó cego de seu coração
antes mesmo de haver aquela confusão.

Dias atrás andava apressado
Suor no cabelo, cadarço folgado
Levava na mão uma flor de papel
A flor que escreveu seu destino cruel.

José por Maria apaixonou-se
E todos os dias, um doce lhe trouxe.
Maria da janela esperava o rapaz
Não sabia ao certo se ele viria mais.
Batia o coração em ritmo de esperança...
Surgia José! E começava a dança.
Ele olhava daqui, ela olhava de lá
Um sorriso no canto da boca a raiar
Quando a moça avermelhava de tanta vergonha
Deixava a cabeça de José em parafuuusos...
O moço recompunha-se ligeiramente
Mas no próximo instante tornava a sorrir
A sua moça mais bela teria logo que partir.
Quando se aproximava, baixava o olhar
Discrição, José, tente se acalmar.
Ele parou em frente a janela
E olhou nos olhos da sua donzela.
Tirou do bolso o tal do docinho
E Entregou a Maria com todo carinho
Que recebeu o bombom e guardou no avental
O encontro desmarcado acabava afinal.

A conversa muda do mundo escondiam
Mas encontravam-se assim sempre que podiam.
O peito de José acalentava-se em dor
Quando não podia encontrar seu amor.

José amava Maria que era esposa de João
João amava Maria, mas era um vilão.
Maria sofria o pão do diabo
João maltrava Maria.
Era um homem descontrolado.
A noite, em casa, mal lhe olhava
Maria pra João era só uma escrava.
“Estou cansado. Traga minha comida!”
E o suor de Maria inundava sua vida.
Nem um sorriso, ou mesmo um obrigada.
João só esbravejava.
E quando a vida dos trilhos saía
João, sem hesitar, maltratava Maria.
Um dia João derrubou um copo
Como se culpa da esposa fosse,
Pegou Maria pelos cabelos
Arrastou até o copo quebrado
E jogando-a no chão disse muito zangado:
“Quem manda deixar tudo espalhado pela casa,
Vadia, desleixada, não presta pra nada!”
Maria chorava, que mais podia fazer?
Tinha medo do mal que poderia sofrer.

No outro dia, na janela, José olhou pra Maria
E naqueles olhinhos não viu nenhuma alegria.
Ele sentiu no fundo do seu coração
A tristeza da amada rasgara-lhe do céu ao chão.

E aí José escreveu um bilhete
E embrulhou no bombom aquele lembrete
“Minha doce e querida Maria,
Não te ver na janela é perder o meu dia
Por favor, senhora dos meus pensamentos
Não me deixe passar sem sentir os teus ventos
A brisa suave que emana teu cheiro
Que pra meu viver serve de tempeiro!
Atenção, Maria do meu coração.
Dar-lhe-ei um sinal pra largar do João.
Quando estiver tudo pronto, levarei uma flor
Será um símbolo eterno do meu amor.
No outro dia, às 6, na estação de espero
Leve só uma roupa simples sem muito esmero.
Minha maior alegria é te tirar desse inferno
Acabar de uma vez com esse triste inverno
Correr livre e abraçar tudo que nos espera:
No jardim da nossa vida florescerá a primavera!”

Maria sorrindo beijou o recado
Porém sabia que guardá-lo seria um pecado.
Mas as palavras de João eram de uma formosura
Que só de olhar ela se enchia de ternura
Com todo cuidado, a cartinha, ela guardou
E para que João não encontrasse, Maria rezou
Mas não teve jeito...
O famigerado perdeu uma nota, uma coisa sem valor
E ao procurar, adivinha o que achou.
O corpo dele queimou num calor de fúria
Sua boca cerrada encheu-se de injúrias
Mas então deixou sua esperteza falar
E calou qualquer reação sem pensar.
João ficou de olho nos encontros de Maria
E a cada sorriso da dama, de ódio seu corpo tremia.

Um dia, de longe, ele avistou José

Flor na mão
Suor na testa
Sorriso no rosto
O nosso mocinho corria atrás da liberdade
Avistou de longe a janela da felicidade
Maria notou o presente do amado
Não era bombom,
O dia havia chegado!!
Respirou fundo, sorriu e olhou pro rapaz
Seu peito se enchia de ansiedade e paz.
Nesse dia, José não conteve a palavra
Sem medo, o senhorito, sussurrou pra amada:
“Maria, eu te amo...”
Aaah, voz mais linda não havera de ter
Maria nem conseguia se conter.
Recebeu a flor, segurou a mão
Na hora do toque, quase que o peito furava das batidas do coração!
Beijou uma, depois beijou a outra.
Depois José seguiu seu caminho
A fuga toda estava aprontada
Era só espera pra cair nos braços da amada.

Ao ver aquela cena
João sorriu com pena
E a alma carregada de ironia.
Foi atrás José
Quando ele entrou em casa,
João entrou atrás
E surpreendeu o distraído rapaz.
“Sabe quem eu sou e o que estou aqui”
Disse João cruel a sorrir.
“Maria não merece essa vid...”

A última letra foi engolida pelo murro que despontara João na barriga de José. Sem ar, o homem caiu ao chão, totalmente sem reação. Mais alguns chutes e estava desacordado. João levou José até uma esquina sombria ao lado. Amarrou suas mãos e seus pés e esperou que ele acordasse... José acordou. Iniciava-se ali o maior pesadelo de sua vida. João, com uma faca meio cega, abriu o peito do nosso mocinho sem deixar que a lâmina chegasse ao coração, com um golpe, abriu suas costelas e lá estava o órgão do amor a bater. Me recuso a descrever a dor de José que, apesar de tudo, sentia mais dor pensando no que seria de Maria.
De sua doce Maria.
José morria e seria deixado ali... O monstro arrancou fora seu coração e guardou numa caixa de madeira. Voltou para casa após se limpar e apenas dormiu. Maria tinha um mau pressentimento. Mas arrumou a roupa pouca na bolsa e esperou que a noite, dia virasse, e a hora marcada chegasse. Ela levantou num pulo e quando João percebeu também despertou. Banhou-se, perfumou-se... Prendera uma linda flor de papel que ganhara no dia anterior no cabelo. Quando abrisse a porta, seria primavera e tudo estaria bem. Mas ao sair do quarto, o marido já estava a mesa, caprichosamente deixada posta por ela mesma na noite anterior.
– Sente! – ordenou João.
Maria sentou-se. Notou uma bandeja em seu lugar na mesa. Que João gentilmente destampou. O cheiro de podridão encheu a atmosfera. O órgão não mais tão vermelho estava frio, imóvel e teso em sua frente. Sem saber do que se tratava, Maria, com muito medo, gaguejou:
– O q-que signiff-fica isso, João? – Uma lágrima já rolava em seu rosto. João sorriu e respondeu:
– Você não queria o amor de José? Pois te dou o coração dele numa bandeja. – e, com a mesma frieza que falou, estendeu a xícara até o bule e começou a preparar seu café.
Maria levantou-se enojada e ainda não entendia direito a situação, mas um grande desespero já crescia dentro de si. Lágrimas caíam de seus olhos, mas o silêncio reinou naquela casa. Ouviam-se apenas os passos de Maria Caminhando até a porta. Colocou o pé na rua, caminhou, rumo a estação. 

Virou numa dessas esquinas quaisquer,
E morto, no chão, ela viu José.

Os gritos da dama foram ouvidos a quarteirões dali. Ela o abraçou e beijou sua boca. Seu pranto poderia encher aquele buraco no peito do rapaz. As pessoas não conseguiram virar a esquina. A dor de Maria era tão grande e seus gritos tão intensos que criou um tipo de barreira. As pessoas não chegavam perto pois podiam, de longe, sentir a dor da mulher. O socorro chegou, mas não tinha o que socorrer, também os profissionais respeitaram aquela tristeza.
O espetáculo de dor que se dava naquela dessas esquinas quaisquer durou o tempo certo da morte da mulher. À medida que seus gritos calavam-se, seu coração batia mais devagar.  Quando sobrou apenas uma batida, ouviu-se um último gemido. Quem estava ali conta que aquele gemido apesar de mais fraco foi o mais forte. Misturava dor, tortura, amor, decepção, desejo e todos os sentimentos que se possa carregar. Os poucos espectadores que restaram e presenciaram o gemido, gemeram junto a nossa dama.

Estava morto
Morto enfim.
Naquele dia
Um amor de 4 palavras e 2 beijos inundava o universo
As 4 palavras mais sinceras pairavam sobre o silêncio
Nunca mais viveria
Morto enfim.
O prazer daqueles beijos inocentes emolduravam os planos
Que nunca se realizaram
Nunca mais a veria!
Nunca mais o veria!
Nunca viveria
Morto
e fim...

Obituário: Morre hoje senhorita Maria
Dizem todos que morreu de agonia
Deitada sobre o peito daquele que amava
Até a morte, Maria chorava
A mulher não aguentou tanta dor
Sem dúvida nenhuma morreu foi de amor

E então numa dessas esquinas quaisquer

Jazia Maria amando José...

domingo, 15 de setembro de 2013

oração de 19

Papai do céu,
com minhas 19 bocas iguais
rogo aos 19 anjos mais tortos
que peçam a ti
pra tecer 19 mil bênçãos
sobre mim e sobre nós
que aceite cada um dos
meus 19 milhões de erros
e me ajude a repará-los
arrepender-me
peço aos meus 19 amigos
que peçam aos seus 19 amigos
para pediram a outros 19
para amar só 19 pessoas...
perdoar apenas 19 vezes
arrepender-se outras 19.
Ou ao menos tentar, ou
se não conseguir: amar.
amar e amar e amar
só 19 vezes...
ou só 9,
ou só 1.
Ao próximo, ele merece ser amado
agradeço a deus pelos 19
mas não peço mais 9 anos,
nem mesmo mais 1 que seja...
Só peço a Deus amor
pra mim e para o mundo.
Que Deus nos dê muita saúde e paz
e que os anjos (ao lerem isso)
digam amém.
Por favor, Amem!
Amém.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Hipócrita.

uau
li liquidez
e fui liquidado

li que
já tinha lido
mudei o foco falado

vivo
num mundo
fechado

não vi
quem estava
do meu lado

falei de amor
e esqueci
de amar

gritei na rua
e esqueci
de mudar

dormi na cama
e esqueci
de lembrar

comi
era gostoso.
para quem?

estava frio
duas cobertas
só pra mim

decidi
fazer minha parte

não enxergo
quem está do meu lado

nasci cavalo de tapa
sofri pelo amor que não recebi
olhei só pra frente e nem percebi

queria mudar o mundo
mal consegui mudar minha vida

só 19
só 20
só 21
só 22
.
.
.

só a vida que pedi a deus
quanto individualismo

me agustia não fazer nada
mas mal consigo me mexer

é um sentimento hipócrita

é um sentimento hipócrita

hipócrita

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Perdi a graça e a cor. Joguei com minha carta mais alta e agora não tenho mais nada para tirar da manga. Joguei... Joguei um jogo, um duelo de titãs. "Vocês dois sabem jogar muito bem". Sabemos, cada um com suas armas. Mas dessa vez eu me privei da minha lógica e da minha racionalidade. Dessa vez eu me deixei levar pelo desejo. Dessa vez eu não enxerguei a estrada além do que se vê. Eu errei. Errei feio quando decidir transformar isso num jogo. Errei quando lustrei minhas armas e reuni munições sem ao menos notar do que era feito o adversário. Eu me deixei levar. Preparei uma grande bomba de efeito moral, regada no vinho mais imoral possível e lancei... Você a segurou com ambas as mãos, caminhou até mim, me molhou de das imoralidades, me pegou pelos meus braços, e perguntou "E o que acontece?". Sabe aqueles olhos irônicos e ansiosos por uma resposta? Você os tinha sobre mim. Eu estava sem palavras. O que eu iria dizer? "Agora é a hora que você me beija e vivemos felizes para sempre"? Não seria eu... Eu tinha que ser durona. Eu tinha que deixar você se pronunciar. Não me bastava sentir que você queria, eu tinha que ouvir da sua boca. Então eu soltei um belo "O que?" esperando ouvir algo animador, mas acabei por ouvir um "Não sei..." Nada aconteceu. Continuei tentando. Queria ver a falta. Queria me sentir buscada. Queria ver meu celular tocar, as 2 da manhã, com você do outro lado pedindo pra eu não ir. Eu me fiz perder, para que você me encontrasse. Mas perdida eu estava e perdida eu fiquei. As vezes tenho a impressão de que me deixas perdida por parecer que é assim que eu quero estar. Mas eu não quero.
Não tenho mais como impressionar você. Já mostrei meus sentimentos de um jeito tão forte. Eu mexi com você, admita que sim. Mas nada do que eu fizer agora será tão chocante como aquilo. Eu preciso de inspiração. E já tenho uma ideia em mente.

terça-feira, 25 de junho de 2013

- Oi...
- Oi.
- Está frio hoje.
- É.
- Todo dia está, mas hoje parece estar pior...
- Hum... Convite?
- Só se você for aceitar.
- Vai me acostelar?
- Vamos nos esquentar.
- Preciso acordar cedo. Preciso dormir a noite inteira.
- Faremos isso...
- Então me espera.
- Eu sempre te espero.
...
- Porque não nos tocamos?
- Não sei.
- Já percebeu que depois do primeiro toque, a gente cola?
- Cola?
- Não pára mais. Eu toco em você, você toca em mim... Abraços, beijos, carinhos, lambidas, até você penetrar meu corpo totalmente.
- Aí, você fica mole, pesada...
- Aí, eu fico vazia. Cheia da certeza de que por hoje acabou. Cheia da certeza de que em minutos vou fechar os olhos e quando eu abrir novamente, você terá que ir.
- Hum...
...
- Foi uma recaída. Está sendo.
- Uma recaída? Uma deliciosa recaída. Que possamos recair mais vezes.
- Não tem a ver com prazer. Só dor mesmo.
- Dor? Foi ruim?
- Não. Nunca é. E você sabe, eu até gosto da dor.
- O que então?
- É a dor de dentro. A dor que dói no nada.
- Hum...
- É tudo em vão. Eu sei que é. Cada orgasmo é nada mais que um desperdício de vida.
- Hum... Ter um orgasmo é um desperdício de vida?
- Realmente, ter um orgasmo é bom. Isso é diferente, é como construir uma casa que ninguém vai usar. Você passa meses fazendo uma fundação, levantando paredes, pintando e bordando. Depois de linda e incrivelmente pronta, tudo que vai acontecer é o tempo passar. A nossa função só tem um ponto crítico e ele é máximo e já foi atingido. Agora a casa vai gastar e desgastar até virar ruína, poeira e espaço mal ocupado.
- Hum... Está frio.
- Já me acostumei.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Tantos sonhos escondidos por uma amor já mostrado
Perdidos nos sorriso que fazia a luz do sol no horizonte
Era algo que ninguém via, algo que ninguém mais poderia ver
Tanta ternura que repousava sem seus braços abertos
O brilho em seus olhos e o nervosismo embrulhando o estomago
Ontem quando te vi e meu coração bateu mais forte
ou há sete dias quando acordei ao seu lado
Achava que seria só isso e que viveria feliz...
Mas a dor de não ter aí estava andando colada com a alegria de estar.
E o sorriso perdido em meus lábios
E meus pesamentos jogados no silêncio
Mais uma vez denunciavam o quanto desconfortável me era viver assim.
Mas isso não me impediu de viver.
E o nosso abraço de amor nunca aconteceu...
Nosso beijo com carinho foi só ilusão
de alguém que gosta de alguém que só gosta de algo.
Sou incrível demais para um ser sem potencial.
Para alguém que é aquilo e só aquilo
Sou muito para pessoas rasas.
Mas a verdade é que ainda estarei aberta sempre que precisar.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Olha que bonitinho hoje: Eu fiz um bolo pra você e você deu um bolo em mim. Passamos 15 min bem juntinhos. Queria eu um conjunto contínuo, aí entre cada minutinho pequeno, haveriam infinitos segundos. Acho que ainda assim haveriam aquelas dízimas feias do tipo 0,9999... que quando a gente coloca em fração vira 1 e aí o tempo passa. Era só tirar elas... Deixar a coisa chegar perto do fim e nunca acabar. Talvez, num infinito paralelo a esse nosso, eu passei esses finitos infinitos segundos segurando sua mão, te fazendo carinho e te dando os beijinhos que eu sempre quis dar. Eu ainda te quero. Mas o que eu queria mesmo é que você me quisesse. Então, por favor, me queira. Beijos pela nossa revolta.

domingo, 5 de maio de 2013

Resolvi. Aconteceu. Botei mais um fim nessa inconstância. Mas agora há mais coisas em jogo. Mais pessoas e mais amores e dessa vez eu estou fechada para decepções. Não sobre me decepcionar. Mas sobre decepcionar alguém. Não mais. Talvez eu me decepcione. Aliás, levando em conta todo o contexto é mais provável que eu me decepcione, pois estou largando solo firme, certeza de qualidade, de gostar, certeza de defeito, por um território desconhecido que me faz forasteira de mim até. Não conheço as qualidades e corro o risco de não encontrar nenhuma que me agrade. Não conheço defeitos e corro o risco de encontrar todos que mais repudio. Mas porque fazer essa escolha ilógica? Simples: A primeira opção até me cabe. Mas por maior que seja, está fechada... E a segunda é bem menor que eu, mas está disposta a aparar cada gotinha que transbordar... Cada gotinha que transcender. E eu vou fazer isso que ainda está calminho chegar lá no topo, lá no ápice, lá no clímax nunca antes alcançado.

Bella

Complicado decidir, mas cá estou, de um lado doce e suave do sonho. As vezes uma brisa me traz o cheiro de fumaça que vem daí, desse lado do fogo. E essa mesma brisa me traz frio e faz querer esquentar. Mas mantenho meus pés no chão e deixo que leve minha cabeça às nuvens. Deixo que esquente meu coração. Somos mais bonitos no meio das flores. Poucas cores, cores fracas. Tons pastéis e suco de maracujá. Um cheiro de calma, um sabor de carinho e 20 segundos de insatisfação. Pensamento longe... Um crime perfeito e a mesma brisa me fez tremer e eu preciso de calor.

All my loving...

Peguei um papel imenso
e retalhei ele em estrelas
e escrevi em cada uma
um pouquinho de mim
depois distribui
pra quem que julguei merecer
uns nunca se interessaram
outros tentaram me plagiar
outros juraram amor eterno
e depois foram embora
outros abriram
leram
mas não souberam retribuir
alguns rasgaram tentando abrir!
Infelizes que foram...
Era só apertar
e então desenrolar
desenrolar, desenrolar
o tapete vermelho
que abria alas
e cuspia palavras
e lindamente
esculpia sentimentos
meus sentimentos
sentimentos de estrelas
de carinho de paixão
sentimento de cabeça
de dor de quem chorou
sentimento de um coração de papel
que grudou no papel
e no papel ficou...
 
 

domingo, 21 de abril de 2013

Seu ego e meu machado.

Dentro da imensidão de só uma bolha do universo, achamo-nos únicos. Sentimo-nos maior. Somo-nos nada mais que nada. Cada um dentro de uma microbolha. Eu, sempre dentro de uma bolha de metal transparente. Um metal impermeável, nada deixei passar, nunca. Minha bolha sempre cheia de mim. Minha bolha com suas fronteiras infinitas dentro do desconforto dos meus pensamentos. Minha bolha não euclidiana. Meus milhões de infinitesimais. Eu sempre deixei tudo explícito, mas escondido num lugar bobo. Quem quisesse encontrar, encontrava. Até que os pensamentos e sentimentos desordenados giravam tornando-se um furacão. Eu não conseguia olhar de fora. Ele estava me sugando. E depois de algumas poucas doses, eu cuspi tudo que me estava engasgado. Vomitei cada linda palavra. E, fruto de provocação, enviei à sua bolha. Impenetrável, impermeável. Blindada, lacrada e censurada. Ao menos pra mim.


PAULA CORAGEM

ASSIM FUI EU

A SUPER HEROINA

A priori, eu não quis ouvir. Não sabia o que viria. A posteriori, deixei a seu encargo decidir o que fazer, mas tentei não pressionar. Eu só queria sinceridade. Mas você insistiu em comentar. Um diálogo Machadiano. Duas pessoas que sabem jogar. As coisas ficavam vagas. Cheguei a achar que você queria que eu me pronunciasse, mas eu já tinha dado meu grande passo. Eu optei então pelo silêncio. Ele diz muito, sem dizer nada. Mas dessa vez, o silencio fez silencio e nada mais foi dito. Aterrorizada pelo barulho que o silencio do silencio fazia em minha cabeça, resolvi, mais uma vez, falar. E fui. Pareceu gostoso. Cedendo e se dando. Oferecendo-me muito com suas propostas impossíveis. Enchendo meus olhos como um pote de gelatina. Coisa bonita, aparencia gostosa, mas é tudo artificial. ARTIFICIAL SEM ARTE. Com artemanha. Qual a palavra? Ego! Essa é a palavra. Porq mostrar ao mundo o que eu escondia até de você? O sentimento era meu, e eu me escondia dele. O sentimento era seu, e eu o escondia de você. Cadê sua sensibilidade de perceber que eu não queria que ninguém soubesse? Sabe como me sinto? Ridícula. Motivo de Chacota. Se sou, não sei. Mas é isso que sinto. O valor do egoísmo me fez não valer nada. Foi bonitinho? Foi legal ter alguém que sofre por você? Por isso que você me dá água? Me cultiva... Pra ter sempre algo sobre o que se orgulhar. Acho que sou a única criatura que foi capaz de se apaixonar por alguém assim. Mas essa planta vai morrer e se eu for julgar por tudo que acontece, você nem vai notar. Eu espero que note. Eu espero que sinta. Espero que seja a primeira brisa suave a causar um pequeno arrepio nesse seu castelo de cartas. Não quero que caia, não mesmo. Acho que se eu quero te desejar algo de ruim, pois que você viva eternamente fechado. Eu disse que não gostaria nunca mais de ninguém e menos ainda contaria isso, mas a verdade é que eu vou continuar vivendo intensamente a alegria que meus sentimentos vão me proporcionar. Obrigado pelas belas palavras que me faz cuspir. Eu não sei se você falou sério quando disse que eram lindas. Mas eu acho elas lindas sim e não foram as melhores que eu já escrevi. Um beijo no seu coração de pedra.

sábado, 6 de abril de 2013

Le cirque

Senhoras e senhores,
abram alas pra crianças
em vocês que o espetáculo
já vai decolar!
 
Entra a bailarina
de varinha de condão
entra o palhaço
cheio de dor no coração
entra o malabarista
com bolinha, argola e fogo
e o contorcionista
que põe o corpo todo em jogo
 
entra a trapezista
que mulher desequilibrada!
sobe desce pula e volta
tanta insegurança calada
passa pertinho do chão
quase cai de cabeça
sobe bem rápido, de novo
antes que uma tragédia aconteça
 
"Menina, vai cair!"
lá está ela sorrindo
da indignação da plateia aplaudindo
"Essa é corajosa"
"Não tem medo de morrer"
 
ela pensa cá consigo:
NADA TENHO A PERDER
 
só me perder
me jogar
 
o risco de vida existe
mas pra que viver?
Eu quero é voar!

 

quarta-feira, 27 de março de 2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

Minha arte livre, enfim se libertando. Já sinto fluir... o/
Pensamento positivo. Grata ao Poeta Chanfrado pelo título do meu blog.
 

Coração rimado

Amor de gotinha,
gotinha de cachoeira.
Amor de nuvem, de vapor e
de céu carregado de estrela...
Amor de meia-noite
e de uma noite inteira.
Amor de 5 ou 6,
do maior que puder.
Amor de garfo,
de faca e de colher.
Amor de Papau
de Julieta e de Romeu.
Toma meu amor
e me empresta o seu?

 
Nem vale a mim elogiar o que eu fiz, mas achei tão fofinho meu poeminha... Nunca tinha feito nada rimar. E agora, olha só, rs! Adorei, Papau... o/
Felicidade para nós dois.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Foi a decisão mais certa, mas o motivo foi errado. Eu me matei para você sentir minha falta, mas você não sentiu e agora eu estou morta.
Foi só um pouquinho de gentileza e eu já criei esperança... Pensando bem, eu te ofereci o que se poderia oferecer de melhor pra alguém. Você não quis. Eu não sou só uma boa menina, sou boa demais pra você também.

terça-feira, 19 de março de 2013

Ah, meu amor barato...
Que de fato não saiu do papel
Que de amor se perdeu
E por amor se morreu
 
Ah, meu papel barato
de palavras mal distribuídas
De música de trechos de partes
De menina, de arte
 
Ah, meu amor barato
meu coração sem nó
meu laço desato
teu traço, meu ato
 
Nosso silêncio.
 
Que seja barato, mas que seja amor.
 
 
Ratos e baratas e amores impossíveis.
No esgotos,
nos poços mais profundos,
nos corações impuros,
nos corações mais puros.
O amor é que nasce
e morre com a gente.
Para que nos encontremos
Num mundo menos
hipócrita.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Contradizendo

Posso invalidar a postagem anterior? Não sei de onde me saiu tanto sorriso naquele dia. Acho que foi algo mais nervoso que feliz. Eu disse que não esperava uma resposta? Eu disse que a resposta não era necessária. Mas eu estou a esperar. Sempre a esperar. Esperar, esperança. Será? Que não seja... Se bem que já há tanta decepção. Já há tanta tristeza. Já há tanta angústia em meu coração. Que mais um "não" não faria muita diferença. Mas o que me aflige é não saber... É a curiosidade e as possibilidades que vem com ela.
 
 
JESUS, ISSO AQUI ESTÁ UMA CONFUSÃO!
 
 
checklist:
 
(   ) ORGANIZAR MINHA MENTE

domingo, 17 de março de 2013

Eu contei tudo. Não medi nenhuma palavra. Abri meu coração e deixei sair tudo de lá... Coloquei num papel e entreguei. Mas eu fiz isso com tanto medo que só de pensar meu corpo todo tremia.
Não sei de consequências, mas em vezes de ficar triste, fiquei foi mais feliz o dia inteiro. Eu não sei o que ele pensa. Na verdade, eu sempre achei que as coisas estivessem bem nítidas. Mas ele diz que ficou surpreso. E que me daria uma resposta. Eu disse que não é necessário. Na verdade, me basta saber que ele não me levou a mal. O resto tanto faz. Acho que isso nem vai me castigar tanto. Só o que me dói é não mais beijá-lo ou abraçá-lo... Mesmo que não fizesse isso, ainda tinha uma esperança pequena. Até mesmo falar com ele... Pouco eu falava. Mas agora não conseguirei falar mais nada.
Como eu queria que ele me quisesse.
Agora é só um pedacinho do meu passado.
Um pedacinho de paixão.
 
 
Acabei de notar que eu tenho me ocupado tanto com amar alguém que esqueci de me amar... Mas só esqueci. E já lembrei afinal. Hoje estou bem levinha e fiz coisas que me deixaram assim.

 
 
Ando me sentindo linda de qualquer jeito.


sábado, 16 de março de 2013

Paula, eu, é a pessoa mais corajosa do mundo. Até que... Não é mais! Mas isso não acontece sempre. Uau, ontem foi como uma caneca cheia do epsinafre do Popeye. Eu já tinha as coisas articuladas em mente. Sabia como me sair bem. Mas me saí mal, pois mal comecei a caminhar, já desisti. Voltei ao ponto inicial da incerteza. Onde resolvo mal resolvidamente que acabou sabendo que não acabou. Se eu conseguisse tudo... Mesmo que não ganhasse nada. Ah...

terça-feira, 5 de março de 2013

Pensamentos desordenados:

Não trabalhamos sobre pressão!

Tua falta me fazia tão triste, que agora qualquer pontada de felicidade me parece o paraíso. O chão de possibilidades me faz também pensar e pensar. Você me faz pensar. Se não houvesse você, as coisas seriam muito mais fáceis... Eu estava triste, muito triste. Aparece um passarinho e me diz que a tristeza acabou. Como eu te disse: a saudade passou... Aquele menino, meu menino, veio me trazer um alegria tão gostosa que meu peito anda transbordando. Adeus lineares, adeus abstrações. Minha boca clama pela dele... Tão novinha e sem força. Tão tímida e quieta. É como tomar um bom vinho numa taça do mais fino cristal. Toda felicidade por água abaixo... Duplamente!
Eu consegui te alfinetar? Acho que sim. Mas você passou dos limites e meu coração está pedacinhos, como você pôde? Isso não se faz nem com o pior inimigo, pois isso é jogar baixo. Eu tentei esquecer você uma vez, mas agora eu não vou só tentar.
E as pessoas não me compreendem, tudo bem que hoje eu estava de mau humor, eu admito. Mas as pessoas ao meu redor não admitem. Não tem desculpa. Sua obrigação, Paula, é ser falsa. É sair rindo por aí, mesmo que esteja ruim por dentro. Quem se importa com o que você sente?

Regras de conduta: A verdade é que ninguém quer enxergar o espaço do outro. Você só tem que sorrir, porque se você não sorrir, você está incomodando. A verdade é que a falsidade é a lei. Não importa o que se sente, muito menos o que se passa com você, apenas falsifique um sorriso e um "bom dia" qualquer. Cada um só quer se sentir bem. Ninguém se importa com o que o outro sente de verdade. Mas o motivo é ainda o dinheiro e seu dinheiro não vai comprar meus sorrisos. E no dia que eu tiver o meu dinheiro, eu coloco meu sorriso na sacola e vou atrás do mundo que queira aceitar meu silêncio e meu mau humor.

domingo, 3 de março de 2013

Hoje eu vi um estrela cadente...
Uma bem grande. Eu disse:
Vou fazer um pedido!
Mas como lembrou a razão,
Não se faz pedido a estrela que cai...
Hoje eu vi uma estrela subente
E junto com ela sobe minha felicidade
Minha alegria...
Eu só apreciei.
Quem precisa de pedidos quando se tem um amor?

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Sonhei com versos que você fez pra mim... E eu gosto tanto de você que eu acreditei ser real. Eu os enxergava na minha frente, poderia até tocá-los. Poderia sentir. Agora acordei em desespero, a realidade os fez ir escapando por entre meus dedos, minha memórias... Como água. Era algo mais ou menos assim:
Me abraça...
Com esse seu jeitinho sem jeito
Fecha os olhos e não vê
que sou eu
e finge também que não é meu
Deixa a vergonha te desvergonhar
eu sou assim e eu sei
Mas finge que não sou eu
que nada é meu
E me abraça...
Apenas
 
...
 
Obrigada! Eu queria ter ganhado teu coração de verdade. Mas eu sei que eu não sou pra você. Nem você é pra mim.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Poderia colocar a alma no varal e deixar a tristeza escorrer. Mas eu quero me molhar. Se essa tristeza cai dentro de cada gota de chuva, pois eu vou sair lá fora, no tempo, e dançar, de braços abertos, a dança mais triste e mais bonita que eu vou inventar só pra você. Eu inventei você pra ser meu, e não aceito contrariedades. Está um toró lá fora. E tem um rio aqui dentro. Não só me molhando, mas me encharcando, me transbordando de tudo que eu sinto por você. E hoje eu chorei... Porque eu me importo, eu tenho muitos sentimentos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Não mais que de repente...


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Soneto da separação - Vinícius de Moraes

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ô amigo, quanta tristeza carrega meu coração
De te ver sofrer, de te ver chorar.
Ver não visto, não ver com os olhos, mas consigo sentir
cada uma de suas lágrimas...
Consigo sentir seu amor abalado
Consigo sentir seu desamor
Você, sempre consigo mesmo, pensador e esforçado
E a luz que brilha por trás de sua figura
A verdade é que devemos brindar ao que é bom
Devemos brindar ao amor
E o amor, é o amor, independente de a quem, de quem, ou porque.
Sou feliz porque tenho amor pra você
Seja feliz também.
Porq a tristeza não me cabe, nem te cabe,
cabe apenas a esse ser sem luz
a esse poço de desamor.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Ah, como eu queria...
Transformar esse amor em poesia
E guardar pro resto da vida
Eu estava caminhando sozinha quando você apareceu, nada mudou. Só o tempo que fez cada minutinho com você ser muito valioso. E eu fui te conhecendo. Mas que coisa, você gosta de contrariar. Da última vez, eu dei o primeiro passo. E perguntei: Se eu não o fizesse, você faria? Você disse que eu nunca saberia a resposta. Hoje eu não fiz. Nem você. Acho que já sei a resposta. Resposta pra muitas coisas. Meu mal é pensar demais. Estou confusa. Mas a verdade é que se há paixão, ela deve acabar. Porque eu achei que você fosse uma visita no meu coração. Mas visitas não demoram tanto. Você é um intruso, daqueles chatos que entram com os sapatos sujos melando a casa e me deixando toooda melada... Melosa.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Poema veeeeelho

O que vi em você:
Vou tentar descrever.
Algo como uma luz divina, 
daquelas de filmes
Ao som de música clássica.
Um brilho todo especial
borboletas voando...
...no meu estômago
Corpo perfeito
Rosto lindo
Inteligência.
Ah, inteligência...
O prazer que ninguém mais me proporcionou.
Você olha pra o mundo de dentro dos meus olhos, é isso?
E o seu olhar me toca
Mesmo que você se quer me tenha visto.
E o meu sorriso sem graça
e meu letreiro na cabeça:
ESTOU APAIXONADA.
Você me pergunta o que vi em você;
Eu te respondo:
O que você não viu em mim?
Não que eu tenha muito para ser visto
Mas o essencial estava escrito na minha testa há muito...
Bem, desde que se tornou essencial.
 
 
Eu sempre senti o abismo entre nós. Sempre soube que não me encaixo. Sempre senti uma certa força quando ria de algo que eu disse. Algo que eu disse também de maneira forçada, tentando ser boba e desleixada, tentando ser divertida, como você, como as pessoas que compõe seu mundo. A verdade é que eu odeio bebida. A verdade é que não curto festas e muita gente. A verdade é que prefiro discussões inteligentes e chatas. Não curto filmes de amor e muitas vezes prefiro ficar em silêncio. Não gosto de agressividade. Não gosto de escuridão. Não gosto de barulho e gritos. Muito menos de palavrões. E eu sempre ignorei isso tudo em mim, porque tem uma coisa que gosto: VOCÊ. E é essa coisa que compensa qualquer defeito. Estar com você, desse seu jeito destoante, contrário sempre me fez bem.
Eu gosto de sinceridade. Gosto de receber isso e decidi, há uns 3 ou 4 meses, agir assim sempre que possível e necessário. Não. Sinceridade não só em palavras, mas também em ações. A verdade é que quando você foi embora eu sentia muito a sua falta, mas esse sentimento foi diminuindo e você se tornou uma lembrança boa. Um lembrança que me faz rir. E quando escutava a voz da lembrança, eu sentia saudade. Quando tocava a minha lembrança, eu sentia saudade.
A verdade é que você sumiu do meu cérebro. Mas continuava acesa no meu coração.
Lidar com isso era fácil. Sempre foi. Mas apareceram outros elementos na minha vida. Trabalho e estudo. Eu comecei a levar essas coisas a sério. Eu aplicava [aplico, eu acho] tudo que aprendia nas situações da minha vida. Eu faço análise constante do que está acontecendo.
Eu parei de te falar sobre os caras que fico afim... As vezes tinha a sensação de que eu só falava sobre isso. A sensação me incomoda. Mas do que mais eu falaria? Sabemos das nossas vidas. Não sei fazer piadas ou bater resenhas.
Eu mudei? Mudei! Eu ainda tenho senso de humor. Só não tenho muita paciência pra besteira. Pra dar corda a besteiras. Palavrões e agressividade me incomodam e como não vou revidar, eu apenas ignoro.
Se você não se adaptar, tudo bem. Se você não aceitar a mudança, tudo bem. Entremos em termos. Amigos servem pra essas coisas. Mas você apenas decidiu se afastar. Decisão tomada, ainda respondeu à minha pergunta afirmando: Então você acha que todo esse tempo eu fingi a nossa amizade.
Só tenho duas coisas a te dizer:
Muito obrigada por tudo de bom e toda diversão, conforto e amor que me proporcionou.
Muito obrigada por destruir isso.

O pedacinho do meu coração que era você agora está congelado.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Nada dia, nada bom
E o fim da noite ainda traz solidão
O mal que abraça o mundo
e mesmo com tanta gente junto
meu melhor poema
nasceu de uma ilusão


Ilusão de amar
Ilusão de amor
Não havia eu
nem você era meu
só havia mais
uma lágrima sem cor

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Sua foto na minha proteção.


Um grande aperto no coração me fez soltar palavras sinceras. Tão sinceras como nunca. Acho que até você sentiu. Não sei se foi um aperto daqueles de quando a gente sofre, ou se foi um abraço bem apertado. Tanto faz... A certeza que tenho é que "Vou sentir saudades."
Te falei do amor, do gostar. Fui sincera, mas você não viu. Não ouviu. Ou fingiu, como muitas vezes.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O tédio falou alto demais
Discordou, concordando
Só pra me pirraçar
Falei do meu amor
Falei da minha dor
Só pra te provocar

Você não viu
Nem sentiu
Nem sente
Será?
Eu de fato tentei
Pelo menos tentei
Falar

Eu penso muito em você
Digitar é fácil
Enviar é fácil
Difícil é depois te olhar
E não pensar
Na resposta
Na possível resposta
Você também gosta de mim

Será?

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Moça linda e moça que sou
e hoje o futuro ou a ilusão
me beijou a boca.
Mas vai saber. O momento é feliz,
e assim seja até a próxima frustração.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Ei, Lua! sweet
quão hostil com os homens fostes tu!
os prende e os tranforma em clones
clones cheio de amor e planos distantes
anos luzes de distancias
e quando o contrato vence,
clona os mais uma vez

dimensões: 1,8/9/10
perto do 24, acho que 23... não! 22.
o que já vinha cheio, transbordou.
quase um mês
um mês de platão
um mês sou sartre
eu sou simone
mas ando aceitando tudo...
até que vença o contrato
e eu seja novamente clonada.

eu não sei se vai demorar,
ou se será amanhã.
muito menos sei o que quero a longo praso

hoje eu só queria um beijo.
daquelas palavras que lhe sugam...
que lhe orgasmam
me bastaria um simples
oi

sábado, 26 de janeiro de 2013

O amor do momento será o amor da eternidade
é que não dá pra medir
as vezes a importância vem mais da intensidade
E as escolhas é que me aumentam me diminuem
de quando a lua me vem e quando a lua me vai
E eu sou de lua, eu sei
Mas eu queria ver nascer e florescer
o que eu já me torturei em vão a não plantar
e em mim mora o amor que te falta
e me afoga me inunda a cada desilusão

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Amargo sabor da verdade
Amargo saber a verdade
Amigo amargo a cargo da razão
Amigo, embargado do meu coração