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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Loja de doces

Aquela infinidade de sabores. Nada ruim. É só uma questão de gosto.
Eu tenho um amigo que nunca deu um grito, segundo ele apenas um, mas acho que tenha sido mais como um gemido. Também pudera, ele é tão flexível para com as pessoas, gentil demais, cavalheiro demais. Acabam pisado nele. Se eu tivesse algum controle sobre ele, levaria-o em dois lugares. Numa loja de doces, talvez assim ele pudesse variar um pouco, sentir gostos diferentes, misturar todos os gostos. Ele poderia comer até não querer mais, ou até não querer comer, tem gosto pra tudo, ué. Depois que nossas barrigas estivessem cheias a pontos de não conseguirmos mais levantar, e de estarmos tão enjoados que cheiro de café nos causaria náuseas, eu o levaria ao nada. Um lugar, qualquer um, que só obedecesse uma simples regra: Não deve haver ninguém. Só nós, talvez nem eu. Onde ele pudesse colocar tudo pra fora, doces, restos, amarguras, e aquele grito bem gostoso!

Hey, dear, I love you so.

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